É inegável o fascínio que as histórias em quadrinhos exerceram sobre várias gerações, desde que surgiram em 1895 na figura do Yellow Kid, publicada pelo New York World. Rotuladas como leitura marginal, capaz de embotar a mente dos jovens, fora, vítimas de pais e educadores (que as liam no banheiro) e de furibundas ligas de decência. Esforço vão. Elas vinham para ficar, uma bola de neve incontrolável, tendo a empurrá-las a arte americana de disseminação, que espalhou seus “comics” por todo o mundo. (mais…)
Palpites felizes na inventiva do compositor brasileiro
Em 1928, dois compositores pernambucanos compuseram uma interessante marcha, chamada Mulata, inspirados em Jandira, uma mulata monumento, com pele de veludo. A música fez muito sucesso no carnaval regional de 1928, expandindo-se à Bahia e ao Ceará. Em 1930, foi enviada à RCA para aperciação e acabou sendo engavetada, pois a direção da gravadora não se interessou. (mais…)
A Música Popular Brasileira como caricatura política
Os políticos brasileiros sempre serviram de inspiração aos compositores populares. Alguns, como Getúlio Vargas, consagraram este estilo transformando-se em alvo de marchinhas picantes. Outros, sabendo da força que a música tem junto ao povo, chegaram a fazer encomendas pessoais. Tudo na surdina. (mais…)
A pedidos, bis
Um dos capítulos do meu livro anterior, “Música Popular Brasileira – Histórias de sua gente”, que mais agradou aos leitores foi o que intitulei “Esses Destoaram”, onde comentava os tropeços dados pelos letristas do nosso cancioneiro. Fiz uma abordagem bem-humorada, sem ferir suceptibilidades, citando inclusive escorregadelas de literatos famosos. Estavam os nossos compositores, portanto em boa companhia. (mais…)
A consagração na Música Popular Brasileira
O caminho do sucesso é uma caixinha de surpresas. É quase um exercício de ocultismo tentar entender o que leva o povo a consagrar uma canção.
A história da Música Popular está recheada de êxitos imprevisíveis. Este artigo conta um deles. A música, feita sem maiores pretensões, recusada pelos cantores da época, desancada pelo críticos, na qual os próprio autores não acreditavam, acabou se tornando conhecida mundialmente – só nos Estados Unidos são mais de vinte gravações – e permanece entre as que mais arrecadem no Carnaval ano após ano. (mais…)
A Agonia do Chapéu de Palha
O brasileiro, com seu espírito inventivo e sua musicalidade, vem criando instrumentos e sons inovadores, enriquecendo com essas bossas a sua música Popular. O surdo, bolado por Bide, nasceu de uma lata grande de manteiga; Noel Rosa, na sua gravação de Gago Apaixonado, tem o original acompanhamento de um lápis nos dentes; na primeira cópia de Helena, Helena foi criado o pistom nasal; Biluca tocava numa folha de ficus. Alguns cantores tinham sua marca registrada, como Ciro Monteiro e sua caixa de fósforos. Entre os improvisados instrumentos de percussão, o que mais marcou os intérpretes foi sem dúvida o chapéu de palha, que era moda entre os almofadinhas. (mais…)