O outro Paulo Gracindo

A maioria dos brasileiros informados sabe que Paulo Gracindo foi um ator especial. Pela sua longevidade transitou por pelo menos três gerações. Foi um artista plural. Os mais novos não conheceram sua atuação como rádio-ator e animador de auditório na década de 50. Mesmo a maioria informada desconhece sua faceta de compositor popular. Sem grandes sucessos mas atuante.
Em 1959 com Carva-lhinho compôs Vai ver que é cantada por Joel de Almeida. Teve boa acolhida:

Se veste de baiana pra dizer que é mulher
Vai ver que é… Vai ver que é
No baile do teatro ele diz que é Salomé
Vai ver que é.

No Carnaval de 60 agradou com Na base do amor gravação de BillFarr:

Quem me quiser é na base do amor
Dinheiro não tenho
Bonito não sou.

Ainda em 60 uma marchinha machista:

De casa você não sai
Pra dar show de rebolado
Você não vai pra rua
Eu falei, tá falado.

Em 1962 é muito cantado seu samba com Paquito e Romeu Gentil; Lá vem Mangueira apesar da letra comum:

Mangueira querida
Vem descendo o morro
Evoluindo as cabrochas
Sua escola vale ouro
Mangueira, Rainha do Samba chegou.

Mas não ficou só no carnaval. Lançou sem êxito o tango Descrente com Rutinaldo:

Descrente passava as noites na rua
Contando coisas à lua
A lua não ouvia.

Fica aqui o registro histórico.

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